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Antônio Lopes nasceu em Triunfo-PE e, precocemente sem pai nem mãe, veio para Buerarema, trazido pelo irmão mais velho, João Lopes. Estudou o primário na Escola Castro Alves, da professora Aflaudísia, depois o Ginásio Henrique Alves – ali conheceu o médico e professor Elias Couto Almeida, decisivo na formação política, educacional e moral do menino órfão. Fez jornalismo estudantil no Ginásio Henrique Alves, em companhia de Manoel Lins e Solon Fontes e, mais tarde, no I. M. E. (Ilhéus), fundou e dirigiu O Renovador, que quase lhe causou a expulsão do estabelecimento. No alvorecer dos anos 60, publicou seu primeiro artigo num jornal profissional, o Diário da Tarde, de Ilhéus, tempo em que fazia também incursões pelo rádio. Pau de arara em São Paulo (fado de todo nordestino pobre da época), participou da lendária Última Hora, de Samuel Wainer, levado pela mão do jornalista ilheense Manuel Vital. Com o golpe de 64, a UH foi fechada a chutes e baionetas, ele regressou a Buerarema (um tanto apressadamente), integrando-se ao nascente projeto da Tribuna do Cacau, de Antônio Viana e Adélcio Benício, em Itabuna, ao lado de Telmo Padilha, Milton Rosário e Arthur Brandão. Pouco mais tarde, integrou a primeira turma da redação do SB-Informações e Negócios, de Nelito Carvalho, foi redator da Rádio Baiana de Ilhéus, com Myrthes Petitinga, dirigiu a Rádio Difusora Sul da Bahia, e as redações dos jornais Agora, A Região e TV Santa Cruz, foi colaborador do suplemento A Tarde Cultural e repórter da sucursal de A Tarde, em Itabuna. Nos últimos anos, escrevia os editoriais do jornal Agora, empresa de que se desligou, não por vontade própria, em abril de 2017. Sobre o cronista de Buerarema, assim falou o advogado, empresário, escritor e presidente da Academia de Letras da Bahia, Joaci Góes: “Antônio Lopes é um autodidata que atingiu elevado patamar como humanista, polindo o seu crescimento com as aulas que deu de português, matemática, história e redação, sem falar em suas experiências como animador de comícios e redator de discursos políticos, de festas carnavalescas, comentarista de futebol, vendedor, gestor de recursos humanos. Fez tudo isso para sobreviver e ter as condições mínimas de se dedicar à leitura dos grandes autores, na geografia e no tempo, vivências que contribuíram para torná-lo um dos mais refinados escritores brasileiros da atualidade.”

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